quinta-feira, 7 de abril de 2011

Entre a Noite e a Aurora

Silêncio, meu coração,
Que o espaço não te pode ouvir.
Silêncio, pois que os ares,
Carregados de gritos e lamentos
Não podem percurtir teu canto.
Silêncio, que as imagens que, fugazes,
Erram pela noite
Não darão atenção
Aos murmúrios dos teus segredos,
Nem as procissões de trevas
Se deterão ante os teus sonhos.
Silêncio, meu coração,
Até que a madrugada venha.
Pois quem, pacientemente,
Espera pelo despertar do dia,
O encontrará, por certo.
E quem ama a luz,
Pela luz será também amado.

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