quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quando fui Chuva.

Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz

Pra ser minha sem ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela




                                                            Para o meu Rei



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